Os anos de meus anos,
Os anos do que não entendo,
Os anos do vazio macio,
Os anos dos traumas
disfarçados,
Os anos do que perdi,
Os anos do que nunca me
pertenceu.
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O nonsense de minha mente
repleta de desencantos não me permite suavizar os conflitos semeados.
O terreno no qual passa
minha linha amorosa foi arado com o que sobrou do resto das estações dos
camponeses passageiros.
Todos e todas foram
forasteiros em meu solo. A terra talvez não seja das melhores ou simplesmente é
das mais difíceis. Por vezes, o que estava com excesso de vitalidade foi
cuspido, já que o solo, ressecado, acostumou-se com suas condições rasas.
x
Poderia ser salva, caso meu
olhar conseguisse distinguir a esfera comovente daqueles olhos alheios. As
palavras perfeitas podiam iluminar o espaço daqueles sentimentos estranhos
enraizados há muito; mas a esfera mágica fora perturbada por um vendaval
inconsequente e inesperado, daqueles interceptáveis e paradoxos, combatentes
com a realidade miúda, mesquinha e segura.
O coração não resiste ao
vendaval e os olhos se apoderam daquelas sensações inesperadas. Do que não
sabemos, tememos. Viver não é um ato simplório, mas pode inflar o medo e
censurar emoções. Compreender a reação humana exige paciência e vontade, desejo
e lealdade.
O vendaval não existe; foi
criado em minha mente e manipulado por minha vontade. Questiono se já estou
perdida em seu porte, estilo e caminhar. Temo a suposta ilusão vindoura. Penso
em quem já amo e sinto-me afagada, transbordada em afetos. A dúvida está
lançada! Estou no centro do caos!
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