No
meio de tanta turbulência ainda rebusco em nossas conversas do passado um pouco
de conforto. Rebusco até o que talvez nunca existiu. Sentimentos sublimes e
permeados de esperança. Esperança de projeção para um universo mais afável,
menos caótico e transtornado.
Ainda
resta a esperança de que nossa história não se encerrou naquele sábado chuvoso.
Faz tempo, eu sei. Mas o que dizer sobre o tempo, quando o próprio tempo não
nos dá tempo para amar e refletir, quando o tempo é relativo e o dobrar das
horas perdem o sentido?
Cansa-me
os sorrisos fáceis, as máscaras escravizadas, as paixonites passageiras, os
olhares com meio segundo de duração. Podem parecer apenas reclamações insípidas
com urgência de serem proclamadas, mas não há urgência aqui. Aqui, ao
contrário, resta a certeza de um sentimento já firmado, com seu espaço enraizado.
Não
deixo de viver as brechas encontradas ao longo do caminho e nem deixo de
perseguir e sentir novas palpitações, mas protejo ferozmente os meus próprios sentimentos
dos quais não duvido.
Pensar
no amanhã já não é uma missão. O desespero foi abandonado, como uma capa
molhada e surrada sendo jogada num beco qualquer. O sentido agora é o carinho
mútuo, o que permanece no olhar e o contido nas palavras.
Permaneça!
Simplesmente ADOOOORO seus posts! Beijão Xê!
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